sexta-feira, 14 de outubro de 2011

não há outra palavra para "crise"?

Preocupam-me os destinos do país e do mundo, esta crise que parece não ter fim, a tristeza e a falta de esperança que se vive hoje em dia. Preocupo-me, mas não dou mais atenção a estes assuntos do que aquele que merecem. Não me entendam mal, não me estou nas tintas. Leio, preocupo-me um bocadinho e pronto.
É que não tenho paciência para ficar a pensar nisto. Em primeiro lugar porque não serve para nada. Neste caso, o que não tem remédio, remediado está, não vale a pena chorar sobre o leite derramado. É fazer mais uns buraquitos no cinto e toca a andar (embora eu não seja nem funcionária pública, nem ganhe mais 1000 euros, também tenho de apertar o cinto) . Em segundo lugar recuso-me a ficar mal disposta por causa da crise.
É que se for assim, acho que só lá para 2015 é que posso ficar bem disposta. Isso é que era bom, tenho mais que fazer.

4 comentários:

Analog Girl disse...

Muito bem dito! Subscrevo inteiramente! Já não há saco para nos revoltarmos com o inevitável.
Mas espero que esta seja mesmo a última "brincadeira" destas que o governo nos impõe, senão qualquer dia estamos tramados...

Custódia C. disse...

Também enfrento a crise com optimismo e também não sou função pública ... mas por vezes é doloroso ouvir quem manda nestas coisas. E eu até decidi dar uma chance ao nosso primeiro, mas está difícil, muito difícil ...

triss disse...

Analog, não acredito que seja a última brincadeira, acho que isto ainda vai aquecer. Este meu post não é um apelo ao conformismo, a um encolher de ombros, nada disso. Mas não há muito a fazer por isso o melhor é não nos enervarmos:-)

Pois Custódia, eu cá não lhe dei chance nenhuma, mas pronto, agora o rapaz está lá e não vale a pena entrar no discurso do "a culpa é dos outros". É trabalhar, que é para isso que lhes pagamos!

Analog Girl disse...

Exactamente, eu até acho que precisamente por não podermos fazer nada estamos a fazer muito mais, por nós, individualmente.
Pois, tenho receio que os cortes não fiquem por aqui, mas vou tentar confiar que o Peter Steps Rabbit quer mesmo endireitar as coisas e que este é o último reduto. Vai doer a muita gente e tenho pena do pessoal da função pública que vai sofrer uns cortes terríveis (o que é um ordenado de 1000€? Não é nenhuma fortuna), mas resta-me ser optimista e cuidar muito bem do meu umbigo que isto não vai ser nada fácil.