sexta-feira, 7 de outubro de 2011

pushing papers around

O trabalho administrativo não me chateia nada. Arquivar, fazer registos, organizar contabilidade, mapas, resolver assuntos pendentes, tirar cópias, etc. Tem uma grande vantagem que é não ter responsabilidades por aí além. Saio ás 17h e a minha cabeça desliga do modo "trabalho", e isso por enquanto é o que me apetece.
Confesso que estava um bocado saturada de ter muitas responsabilidades com todo o stress que vem incluído no pacote. Era a assessora de imprensa de uma agência xpto, que não hesitou em dar-me um pontapé no traseiro depois da minha filha nascer. É a vida.
Em muitas alturas deixei-me engolir pelo vórtice da pressão do trabalho, acabando com um torcicolo, dores nas omoplatas ou taquicardias. Nada disso deixou saudades. Se gostava de ter um trabalho mais criativo, adequado às minhas capacidades e bem pago? Sim. Mas neste momento esse trabalho não existe, e eu estou muito grata por este que tenho.
Por enquanto estou bem assim. Amanhã? O amanhã ainda não chegou, logo se vê.

2 comentários:

Analog Girl disse...

Adoro a tua atitude descontraída em relação a este assunto. Gostava de me sentir assim em relação ao trabalho.
Eu pareço não conseguir encontrar maneira de me sentir satisfeita. Já não gosto do que faço, não gosto da quantidade de responsabilidades acrescidas com que tenho de lidar (e não sou paga por isso) no meu emprego actual, não gosto de fazer trabalho gráfico, não gosto do ambiente nem das pessoas. (nem) Tudo é mau (senão não conseguia estar aqui).
Consolo-me com a abertura do meu espírito criativo e gosto de pensar que daqui a um ano estarei num sítio completamente diferente e mais preenchido.
E tu continua nessa paz que conseguiste alcançar. Não tenho dúvidas que teres tempo para a família é o melhor bem que podes desejar de um emprego. :)

triss disse...

A minha descontracção é um work in progress, e tenho dias... mas tento não pensar muito sériamente nas coisas. Sou responsável q.b.

Percebi que o pensar muito nas coisas, ponderar os "e se.." só me stressa. Ás vezes pensamos tanto sobre um assunto, pensamos nos prós e contras, gastamos horas de sono, e na maioria das vezes a situação resolve-se por si própria ou simplesmente não acontece.
Há muitas coisas que eu gostava que fossem diferentes, mas por enquanto não são. E isto não é resignação! :-)

Imagina tu que ganho o mesmo que ganhava quando era assessora de imprensa, responsável pelo escritório em Lisboa de uma agência de comunicação. (!)

ó rapariga tu não me digas isso (não gostas do emprego, das pessoas, etc). Pira-te. Ou prepara o teu piranço. Não andamos aqui a cumprir pena nem castigos. Antes num emprego sem status mas com bom ambiente e que dê paz de espírito.

Bem convém dizer que tudo isto é válido para mim, não é uma verdade universal:-)