E com o verão, finalmente voltaram os meus almoços fora da empresa. Num banco de jardim, ao pé de um parque ou de uma fonte.
Tenho uma colega que me diz em tom de brincadeira que eu sou anti-social porque prefiro a companhia de um livro em vez das pessoas. E eu digo-lhe que sou mesmo um bocadinho anti social, e que há muitos livros que valem mais que a companhia de muitas pessoas (não a dela). Não gosto de almoçar no refeitório sem janelas, onde o barulho é ensurdecedor. Não gosto de perder o meu tempo a ouvir que a não sei quantas é gorda ou está mal vestida, ou andou com aquele ou aqueloutro. Também não gosto de ir para a porta da empresa fumar passivamente o cigarro dos outros.
Levo um livro e escolho um recanto ao sol, calmo e silencioso. Aproveito para ler, telefonar á minha filha, amigos, mandar uma mensagem, ou não fazer nada e sentir o vento nos cabelos.
Cada vez mais aprecio o silêncio. Gosto de aproveitar o meu tempo, e de fazer o que me dá na telha. Estou-me nas tintas se os outros gostam ou não. Quanto mais velha fico, menos fretes faço.
*Num episódio do Seinfeld, ele diz que quando chegas a uma certa idade estás-te nas tintas para os outros, tipo estás a sair com o carro da garagem e nem olhas para trás.
3 comentários:
Aqui para nós que ninguém nos ouve, gostava de fazer isso todos os dias. Não o faço precisamente para não ser anti-social. E agora pergunto, do alto dos meus 34 anos, por que é que ainda hei de combater essa característica que sempre foi minha...?
Eu faço isso no verão, no inverno e em que estação for! Deixei de comer no refeitório por isso mesmo!
Vou comer a um lugar agradável mesmo que mais caro, porque posso levar o meu livro ou o meu caderno onde gosto de escrever.
E eu não sou nada anti-social. Mas simplesmente prefiro socializar com pessoas que não estão no refeitório...
Precisamente gralha, foi essa a conclusão a que cheguei:-)
Naná, pois eu no Inverno não tinha mesmo hipótese, é que ando de marmita atrás por isso tem mesmo de fazer bom tempo:-)
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