segunda-feira, 29 de abril de 2013

um daqueles fins de semana*

O iogurte não se come com as mãos, é com a colher. Se não comeres a massa não vais comer bolachas. Não, não vais jantar bolachas. Não se atiram os brinquedos para o chão. Arruma os teus brinquedos. Não tires as meias que ainda ficas (mais) constipada. Não podes andar com a t-shirt da gatinha porque está frio. Não metas as mãos no lixo. Não grites. Se falas a chorar e com chucha, a mãe não te percebe. Não te deites no chão. Não se mexe na carteira da mãe. Não, não é tua, é minha. Não ponhas moedas na máquina de lavar roupa. Já disse três vezes que é hora de dormir. Estás enganada, quem manda aqui sou eu, não és tu. Vai para a cama. Não saias da cama. Já bebeste água 3 vezes.  Não isto e não aquilo e não aqueloutro.

*Um bocadito de febre, dores de dentes, tosse e ranho verde.

só queria dizer uma coisa

Já arrumei todos os casacos de Inverno e não tenho qualquer intenção de os ir buscar novamente.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

as regras

A propósito deste post sobre a tpm, suponho que com a idade nos passem os desejos (de doces ou salgados) para se instalar um caos hormonal de tal ordem que, nesses dias deveria ser obrigatório termos férias. Para o bem estar da empresa e da sociedade em geral.
Ontem, no autocarro, a senhora ao meu lado mascava a pastilha de boca aberta de tal maneira, que senti o sangue a ferver-me nas veias e imaginei-me a rachar-lhe a cabeça com a Queda dos Gigantes, que estou quase a acabar. E a adorar por sinal.
Hoje, aqui na empresa, entra o casal maravilha que  faz uma campanha inglesa e tem um sotaque hiper british, afectadissimo, como se estivessem num palco a recitar Shakespeare. Não bastando isso, este par de jarras chega todos os dias 45 minutos mais cedo e senta-se no posto de trabalho à espera da hora para começar a fazer chamadas. E por vezes começam 5 minutos antes.
Ora eu, não dou nem um minuto à casa, e às 19h27 já estou de casaco vestido e de pé pronta para a grande fuga. E se alguém me telefona a essa hora, a chamada vai cair de certeza.
Ora isto, dá-me cabo dos nervos, e hoje entra o tal casal, como sempre mais cedo.
E diz ela "Is it 9 o'clock yet? ahahah" (ela sai às 21h).
E digo eu para a minha colega canadiana "Vera, have you seen taxi driver?", ela diz que sim, e eu "Today i'm like Travis Bickle without the guns"
A sério, tenho dias que parece que estou num filme americano, fuck para ali, fuck para aqui. I don't give a fuck, he's fucking nuts, enfim, uma desgraça.

nota: atenção que a maioria dos meus colegas não fala português, não estou aqui a cagar postas de pescada.

I ♥ dory *

boas notícias :-)

Finding Dory, nos cinemas em 2015.

*ellen

quinta-feira, 25 de abril de 2013

as voltas da vida

Estranhamente, anseio pela chegada dos meus sogros no final de Maio. Em princípio devem ficar um mês e meio, na casa por cima da nossa, e este ano, ao contrário do ano passado, só penso nas coisas positivas.
Vou acordar bem mais tarde todos os dias, porque o meu sogro leva o cão a dar o seu passeio matinal, e a minha sogra fica com a minha miúda. Não tenho de pegar no carro para a levar à minha mãe, e com isso gastar uma hora todas as manhãs, com os consequentes gastos e cansaços.
Vou poder ir jantar fora, ir ao cinema, ou ir à praia sozinha com o meu jovem.
Ir à praia e estar deitada na toalha, estão a ver?
Vou poder tirar um dia de folga para mim, quando quiser, se quiser.
E o mais importante de tudo, a minha filha tem direito a disfrutar da companhia dos avós, com quem só está duas vezes por ano, embora falem todos os dias no skype . E os avós têm o direito de a amarem e de lhe darem muitos miminhos, presencialmente.
 E se isso significa darem-lhe mais chocolates e gelados (porque o açucar dá "sostanza"), ou comprarem-lhe sapatos pirosos e vestirem-na ao gosto deles, assim seja.

terça-feira, 23 de abril de 2013

"watch out, i'm old and i'm coming out!"*

E com o verão,  finalmente voltaram os meus almoços fora da empresa. Num banco de jardim, ao pé de um parque ou de uma fonte.
Tenho uma colega que me diz em tom de brincadeira que eu sou anti-social porque prefiro a companhia de um livro em vez das pessoas. E eu digo-lhe que  sou mesmo um bocadinho anti social, e que há muitos livros que valem mais que a companhia de muitas pessoas (não a dela). Não gosto de almoçar no refeitório sem janelas, onde o barulho é ensurdecedor. Não gosto de perder o meu tempo a ouvir que a não sei quantas é gorda ou está mal vestida, ou andou com aquele ou aqueloutro. Também não gosto de ir para a porta da empresa fumar passivamente o cigarro dos outros.
Levo um livro e escolho um recanto ao sol, calmo e silencioso. Aproveito para ler, telefonar á minha filha, amigos, mandar uma mensagem, ou não fazer nada e sentir o vento nos cabelos.
Cada vez mais aprecio o silêncio. Gosto de aproveitar o meu tempo, e de fazer o que me dá na telha. Estou-me nas tintas se os outros gostam ou não. Quanto mais velha fico, menos fretes faço.

*Num episódio do Seinfeld, ele diz que quando chegas a uma certa idade  estás-te nas tintas para os outros, tipo estás a sair com o carro da garagem e nem olhas para trás.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Livro em 2ª mão

Alguém, por um acaso conhece quem queira vender "O Inverno do Mundo" do Ken Follett?  Alguém?
 :-)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

é a vida

Regra geral a minha filha não chora quando a deixo na avó de manhã. Chora talvez um dia, sempre no final da semana. Hoje foi um desses dias. Estavamos no café com a minha mãe quando eu lhe disse até logo filha, a mãe vai trabalhar, brinca muito. Ela salta para o meu colo a choramingar e a dizer "não, não mãe, não vai tabaiár, não...". A minha mãe nisto diz "queres um ovo kinder?". A miúda salta imediatamente do meu colo e vai ter com o tóin (sr. antónio, dono do café) para ele lhe dar o ovo. Nem olhou para trás.  Trocada por chocolate.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

cinema em casa


Este é um filme que nos prende desde o início. Conseguirá o Pooh satisfazer a sua barriguinha e comer o tão desejado mel? E onde andará a cauda do burrito?
Personagens doces e ternurentas, bom argumento, boas catch phrases, enfim está lá tudo, e nem cansa ver mais do que uma vez. Nós vimos em italiano, com um trabalho de actores a nível de dobragem irrepreensível, no entanto o inglês também deve ser maravilhoso. Eu e a minha miúda recomendamos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

recomendação do pediatra



Muita praia.
(Fotografias tiradas no sábado passado na linha)

terça-feira, 9 de abril de 2013

cama de grades

Andamos a considerar a hipótese de tirar a cama de grades e pôr uma cama baixinha com protecção de lado. Ela já dorme bem, não dorme toda torta, sabe subir e descer sem problemas de uma cama normal ou sofá. Não tenta saltar as grades, mas nunca se sabe, costuma fazer um montinho com os cobertores, o que me deixa apreensiva. E depois já estou farta de fazer aquela cama, dá uma trabalheira tremenda e doem-me as cruzes.
Contem-me tudo, como foi com os vossos filhos. Com que idade tiraram a cama de grades?
Obrigada:-)

miúda bilingue

"Onde está a farfalla?" (borboleta)
"Jóni, apóstóstos!" (Joni vai al tuo posto! Jóni é o cão)
"A çã é finita" (a maçã acabou)
"O Pooh caíu no buco." (buraco)
"Põe mais sapone." (sabão, gel de banho)
"Mais pisellini mãe." (ervilhas)
"Vamos ao scibolo?" (escorrega, diz-se scivolo)
"Chiudi porta!" (fecha a porta)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

só para não estar sempre a falar do mesmo*

Li nas notícias que o Mourinho é comparado ao Hitler pelos adeptos espanhóis (até onde chega a dor de cotovelo senhores), a Margaret Thatcher morreu com 87 anos (e eu que pensava que ela já tinha morrido) e o Diogo Morgado foi á Oprah.

*retomaremos a emissão dentro de momentos

quinta-feira, 4 de abril de 2013

mickey

Hoje apareceu um ratinho pequenino aqui no trabalho. Era ver toda a gente aos gritos, mulheres em cima das cadeiras, um corre corre, um rodopio que nem queiram saber. Uns gritavam não o matem!, outros diziam esfola!, enfim. Lá o apanharam e foi posto na rua, vivo. Ratinhos não me fazem impressão. Ratazanas já me incomodam bastante. Mas só aqueles bichinhos com sapatinhos de veludo para me fazerem pôr os pés na cadeira.
Cada um com o seu asco ou fobia de estimação.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

a ler

terça-feira, 2 de abril de 2013

crescer*

Ontem recebi o telefonema de uma creche a dizer que tinham uma vaga em Setembro para a minha filha. Oscilando entre o nervoso que quase me fez vomitar e a imensa felicidade, lá combinei um encontro com a directora pedagógica.  Adorei a creche. Pontos positivos: o espaço, muito espaço, a luz natural que entra por todas as janelas (que são muitas), as ditas janelas que são duplas (menos frio e humidade), um jardim enorme, um refeitório simpático.
Pontos negativos, ela ter entrado para uma sala não subsidiada (que será só este ano, uma vez que a partir dos 3 anos, até aos 5 são todas subsidiadas), e o facto de os meninos a partir dos 4 anos não dormirem a sesta.
Haverá mais coisa a aprofundar, tudo a seu tempo.
Vou segurar esta vaga, na esperança de que apareça outra que seja menos dispendiosa, mas que eu goste também. Pode acontecer ela entrar noutra creche subsidiada, e aí teremos de pensar. Mas entre uma subsidiada que vi, e que parece uma gruta de tão pouca luz que tem, e esta cheia de sol com jardim, sem dúvida que vale a pena fazer um esforço durante um ano.
E já a imagino de bata, de mão dada com os outros meninos, a ir para o jardim, a aprender, cantar, fazer os primeiros amiguinhos....

*Não é só a minha filha que cresce, eu também.