coisas da vida

Há coisas chatas. Não entram na categoria dos problemas, mas sim na categoria das situações desconfortáveis. Aqui no trabalho as coisas não estão melhores, não tenho literalmente nada para fazer. Todos os dias acordo e penso, mas que raio vou eu fazer para o trabalho? Se não fosse pelo dinheiro que me faz muita falta, já me tinha despedido. É que me faz aflição andar aqui a olhar para o monitor, ir buscar dossiers para substituir separadores, passar uma folhas a limpo, ou organizar ad eternum ficheiros no computador.
Continuo à procura de outras coisas, mesmo funções para as quais tenho qualificações a mais. E para essas funções até tenho um Cv da treta, em que não sou licenciada, e trabalhei maioritariamente em lojas e funções administrativas. Sim, já cheguei ao ponto de enviar CV's com mentiras. Vale tudo.
Estou com aquela sensação de que alguma coisa vai mudar, mas não sei bem o quê. Intuição. Possso estar enganada. Espero ansiosamente que alguma coisa mude, para melhor, porque já não aguento não ter nada para fazer.

quem diria

Que as pulseiras de macramé que eu usava nos anos 80 iam voltar a estar na moda? Lembro-me como se fosse hoje de estender uma toalha junto à passadeira de pedra, da praia onde costumava passar férias, e tentar vender as minhas pulseiras. E conchas também. Nunca percebi porque raio é que nunca vendi uma única concha, mesmo à beira da praia, mas aqui está a prova cabal de que nunca tive jeito para vender nada. Também tentei infrutiferamente vender a minha preciosa colecção de latas de refrigerantes, em plena Av. Roma, na rua. Nem uma latinha vendi.
Considerações comerciais à parte, esta semana pus-me a fazer essas pulseiras, e é como andar de bicicleta, nunca se esquece. Agora tomei-lhe o vício e distraio-me de vez em quando. Podia-me ter dado para o crochet ou para o ponto cruz, mas deu-me para isto.

...

Andam-me a sair os tiros todos ao lado. Não acerto uma em termos de escolhas de filmes. Mais um para engrossar as fileiras dos filmes "don't know what the fuss is all about". Mas gostei muito do miúdo.

22. kitchen sink

21. delicious

20. before/after

Brigadeiros deliciosos da Analog.

a ler

nostalgia

O rádio do meu carro (que não é meu, mas não interessa) pifou, derivado à substituição da bateria, coitada que já não ía para nova. E eu que todas as manhãs ouvia a marginal, e depois a nostalgia, fiquei reduzida ao silêncio ocasional, misturado com o som dos outros carros. Que tristeza.

Tratei de desencantar um mp3 da gaveta, para ouvir uma musiquita, que já se sabe ajuda muito o (bom) humor das pessoas. Claro que só ponho num ouvido, e não muito alto, porque estou a conduzir. E o que ouço eu? Anos 80. Sim, ainda. E sempre.

Lembro-me de ser mais nova, e criticar a minha mãe que adorava ouvir a rádio nostalgia, que só passava beatles e afins. Hoje a rádio nostalgia já não é para a geração da minha mãe, mas para a minha. E isto para dizer que hoje, cantei que nem uma doida isto, isto, isto e isto. E isto, que para mim é a personificação perfeita dos anos 80.

(estas referências são aos anos 80 Pop, faltam os outros anos 80...)

home alone

Ontem estive sozinha em casa, e depois de deitar a miúda, pus o meu jantar no tabuleiro e sentei-me confortavelmente no sofá. Noite perfeita para ver uma série de gajas, como a Mildred Pierce, que tenho gravada e a ganhar mofo, ou Downtown Abbey por exemplo. Qual quê. Tive o infortúnio de fazer um zapping e de passar pelo TLC e pimba, ali fiquei. Estava a dar o Toddlers & Tiaras, e só tenho a dizer que não sendo eu uma pessoa violenta, só me apetecia correr aquelas mães todas à chapada, no mínimo.
Assisti atónita a uma cena que me partiu o coração. Uma barbie pequenina de 4 anos não ganhou a super cama de dossel de princesa, nem o título de super rainha poderosa suprema (os títulos dos prémios são absurdos). Ao perceber que não tinha ganho, a miúda começa a chorar. Comportamento normal, digo eu. O que foi menos normal foi a besta da mãe que nunca a abraçou, nem a consolou. Disse-lhe somente que parasse de chorar que estavam ali as câmaras, e que era estúpida por chorar porque a cama de dossel não vale nada, e mais tarde subiu o tom a dizer que já não tinha paciência para a aturar, que parasse com aquela cena. No final, ao ser entrevistada dizia toda contente que o que gostava mesmo era de receber um telefonema de Hollywood, a proporem um contrato de milhões de dólares, para ela poder ir para a boavida e dizer adeus ao emprego como professora.
Tanta coisa a dizer sobre isto não é? ...
Caraças que o jantar mal me passava na garganta.

palavras para quê?

Gostei muito. E o que me fez lembrar o Gene Kelly este filme?

Não sei se terá merecido o óscar ou não, porque não vi os outros (exceptuando Os Descendentes e Hugo, que francamente não gostei). Agora que é um filme bonito é. Muito bom o Jean Dujardin, e o cão também. E acho extraordinário que um filme mudo tenha ganho o óscar de melhor filme.

parenting

‘You know the only people who are always sure about the proper way to raise children? Those who’ve never had any.’
Bill Cosby

E um texto giro aqui.

mil sóis resplandecentes

Que maravilha de livro, tanta ternura, tanto amor, tanta tristeza, tanta dor e incompreensão. E tudo isto num cenário de um país atormentado e devastado por sucessivas guerras. Que realidade tão diferente da nossa... e no fundo, tão iguais que nós somos, as mulheres.
Amanhã vou em busca do Menino de Cabul.

19. funny

18. a corner of your home

Parece impossível que com tanto livro de cozinha, eu faça sempre as mesmas coisas.

17. green

16. sunglasses

Os meus ray-ban de 5 euros.

genética

Ando a controlar-me para não comprar lacinhos para pôr nos poucos cabelitos da minha miúda. Somos todas umas pirosas é o que é.

brownies

175 g de chocolate de culinária
250 g de manteiga vegetal
300 g de açúcar amarelo
100 g de farinha sem fermento
2 colheres de chá de fermento
4 ovos

Derreter o chocolate e a manteiga em banho maria e deixar arrefecer à temperatura ambiente.
Numa taça bater os ovos sozinhos, depois adicionar o açúcar batendo bem.
Juntar a mistura de chocolate e manteiga, e depois a farinha e o fermento. Colocar num tabuleiro de ir ao forno. (eu coloco papel vegetal no tabuleiro, em vez de manteiga e farinha/pão ralado. Assim não tenho de o lavar a seguir)
Levar ao forno durante 30 a 40 minutos. Depois de retirar do forno, deixar arrefecer e cortar aos quadrados. Acompanhar com gelado de baunilha ou nata.

this can't be good

São 10h15 e já não tenho nada para fazer. E ontem veio um colega ter comigo a perguntar se eu tinha alguma coisa para ele fazer...

uma boa descoberta

Este post da Ana C. (belíssimas palavras, que poderiam muito bem ser minhas, caso eu escrevesse alguma coisa de jeito) despertou-me a curiosidade, e estando eu sedenta de um bom livro, daqueles que agarram a sério, lá fui à biblioteca requisitá-lo. E ontem li quase 100 páginas de uma vez. Isto para quem ultimamente só consegue ler uma página de um livro, diz muito não? Sempre em busca de "grandes amores", como diz a Ana.

que vergonha

Adidas usa pele de canguru na produção de ténis.

15. car

14. clouds

13. a sign

Fotografia originalissima.

digam-me que não é verdade

a minha alma está parva.

nota mental

Nunca mais, jamais, em tempo algum, fazer lulas à sevilhana. olé.

12. fork

mais uma voltinha no carrocel

E cá estou eu a mandar cv's outra vez, e a coisa mais fácil não fica não. Bolas, até que idade é que vou enviar cv's??

coisas boas

Este fim de semana foi em grande. Jardim, praia, calor, brincadeiras e boa companhia. No sábado a miúda estava de tal maneira ko que adormeceu na cama às 19h30. Depois de lhe dar o banho, vesti-a na cama e deixei-a lá a brincar um bocadinho, como faço sempre, enquanto preparo o jantar, mas se normalmente a ouço a falar e dar gritinhos, desta vez o silêncio era total. Fui dar com ela a dormir em cima dos bonecos. Tapei-a e só acordou às 9h do outro dia (ok, acordou às 21h e dei-lhe leite mas isso não conta).
No domingo fomos mais uma vez a Cascais, mas o jardim era uma visão do inferno na terra. Milhares de crianças a correr de um lado para o outro, bolas a saltitar e quase nem uma nesga de relva livre. Demos meia volta e fomos para um relvado deserto e muito bonito. Deitámo-nos a apanhar sol, enquanto a miúda andava de um lado para o outro. Um sossego impagável.

11. someone you talk to today

10. loud

Monos que se constroem por Lisboa fora, e que fazem um xinfrim desgraçado.

9. red

8. window

Gosto de janelas antigas.

7. something you wore

Estou na dúvida, ainda nao sei se gosto.

6. 5pm

5. a smile

4. bedside

A minha mesa de cabeceira é absolutamente espartana. Para além do candeeiro mora lá o meu Ganesh, trazido da Índia pela minha amiga Cata. Como a mesa é da altura da miúda, nao posso pôr lá nada.

3. your neighbourhood

Gente fina é outra coisa.

2. fruit

Todos os dias antes de ir trabalhar passo pela mercearia e compro fruta para comer durante o dia.

devo estar a ficar pitosga

Começa-me a irritar a moderação dos comentários. Eu cá não tenho stalkers, nem gente maldosa a vir aqui insultar-me, nem robôts a tentarem publicar cenas aqui, por isso não preciso da dita moderação. Se eventualmente alguém publicar aqui qualquer coisa que não me agrade, apago. Tão simples quanto isso. E mesmo que fique aqui publicado por umas horas uma porcaria qualquer, não me caiem os parentes à lama.

Já me aconteceu simplesmente desistir de comentar num blog, porque vá-se lá saber porquê nunca acerto à primeira aqueles malditos caracteres. Devo estar a precisar de óculos.

1. up

desafio #marchphotoaday

Também quero. Toda a gente a fazer desafios, e eu ainda não fiz nenhum. Vou atrasada, mas vou fazer o #marchphotoaday da fat mum slim.

dia da mulher

Já começo a ouvir o coro habitual de vozes contra o dia da mulher. Que não é preciso, que é um disparate, porque também não há o dia do homem e mais não sei quê. E este coro de vozes são.... mulheres.
Eu não quero estar sempre a bater no ceguinho, mas enquanto houver mulheres a serem despedidas porque engravidaram, a serem penalizadas, mal tratadas e desprezadas no mundo do trabalho por terem nascido mulheres, faz todo o sentido haver um dia destes.

...

Há coisas boas de só se trabalhar da parte da manhã. Agora a minha casa está sempre um brinco, e planeio as refeições com antecedência, e até tenho tempo para fazer pudins. Estou uma autêntica sopeira, quero dizer, dona de casa. Questões financeiras e preocupações à parte, sabe bem sair às 13h. Dá gosto ver a cara de felicidade da minha filha quando a vou buscar a seguir ao almoço. Dá gozo ir até ao jardim jogar à bola com ela, sentir o cheiro do verão e pensar que vai tudo correr bem. Ainda de coração apertado, mas vai correr tudo bem.

constatação

Se não fosse pela minha filha, já não estava em Portugal.

always look at the bright side of life

Embora por vezes custe um bocadinho, e vejamos as coisas mais para o cinzento que para o branco, este é um mantra pelo qual me tento guiar. Mas há dias e há momentos em que estou mais desanimada, e hoje é o dia. Sei que vai passar, mas hoje não há positivismo que me safe. Tal como estava a prever passei a part time. Não vale a pena dizer que estou mais tesa que um carapau, não tenho dinheiro nem para mandar cantar um cego, porque isso já se sabe.
Por vezes penso onde é que errei neste percurso, se é que errei? Porque raios não tenho um emprego estável onde ganhe o que mereço? Porque porra é que só os outros é que ganham bem, e viajam e jantam fora e nem se preocupam em dar 50 euros por uns sapatos? Que merda.

♥

ou vai ou racha

este fim de semana há-de haver pelo menos um dia em que pinto os olhos e meto a pernoca de fora com uma saia ou calções, que isto de andar vestida pareço o boneco da michelin, já tem os dias contados.

ó mães,

quanto tempo demora a introduzir os sólidos? Estou a falar dos sólidos a sério, o segundo prato a seguir à sopa, como o peixinho com batatinhas, a fruta sem ser triturada, etc. (e não as papas e sopas, que isso foi piece of cake).
Não tarda nada tenho de vestir um macacão à hora do jantar, e pôr plástico no chão, daqueles que se usa quando se vai pintar a casa. Pintar a jacto, entenda-se.

e é assim

Ando com uma preguiça tremenda para escrever aqui. É isso ou não tenho mesmo nada para dizer. Ando a dormir maravilhosamente, até tenho medo de o dizer, não vão as coisas mudar de repente (só acordo uma vez para lhe dar o leite), a minha miúda cada vez está mais gira, já diz mais umas palavras "tia", "ki" (kitty), "tá aqui", a juntar às outras que já dizia. Está cada vez mais comunicativa, gira e esperta. E que bonita que é! Que maravilha vê-la crescer, aprender, descobrir coisas novas:-)
Ontem estava feita parva a olhar para ela, enquanto ela agarrava no chuveiro e enchia a banheira (com a minha mão a agarrar também, está bom de ver). Estava maravilhada com aquele espectáculo, punha as mãozinhas debaixo de água e ria-se para mim do género "mãe já viste que coisa tão gira!" Molha-se toda, mas que se lixe.