Já andava cansada e desmotivada no trabalho, não é novidade. O trabalho em si é uma seca, mas o que me custa, o que me dói mais é não poder estar tão presente na vida da minha filha, porque chego a casa por volta das 20h.
E hoje soube numa reunião na empresa que vamos mudar de instalações para um edifício novo, que para mim, fica na outra ponta da cidade. E isso vai significar perder mais 1h com a minha filha, e chegar ainda mais tarde.
E na reunião, a chefe perguntou a todos se estavam de acordo (como se isso fizesse alguma diferença) porque queria saber o nosso feedback. Quando chegou a minha vez, já o meu coração batia tão forte que julgo que quem estava ao meu lado o podia ouvir. Disse que lhe daria a minha opinião pessoalmente, e não ali. A reunião terminou, e ela veio ter comigo para falarmos, mas os diques já tinham rebentado e as lágrimas saltavam-me literalmente dos olhos. Saí a soluçar completamente descontrolada, e ela atrás de mim, posso ajudar estás bem? Disse-lhe que não, e saí.
Amanhã, quando estiver mais calma, e com um calmante no bucho se for necessário, vou ter que pedir transferência de campanha, um part time, o que for. Não posso de forma alguma ficar sem ver a minha filha durante a semana foda-se. Mas preciso da merda do dinheiro. Não sei o que fazer, mas sei que se emocionalmente já estava pouco equilibrada, a tentar fazer malabarismos, agora então não sei. Não sei.
13 comentários:
Que corra bem, a conversa.
E se precisares de um abraço, combinamos um café!
Beijinho
Estás certa, fazes bem!
Tudo se há-de resolver!
Vai correr tudo bem!
Beijinho
Às vezes uma pessoa não se contém. A vida anda a exigir-nos demasiado, não deveria ser assim tão difícil (então porque é que é?).
Pelo que deste a entender, tens um chefe compreensivo, talvez possas negociar com ele os teus horários, encontrar uma solução... Não vais ficar sem ver a tua filha como é óbvio.
Respira fundo, vai correr tudo bem.
Alguma solução vão conseguir arranjar.
Tens as tuas prioridades certas, e isso é o principal.
Foca-te nos teus objectivos, hoje é outro dia, vais conseguir passar a tua mensagem, vão arranjar uma alternativa.
Beijinhos.
Oh Triss, que situação... Espero que encontres uma saída em breve, é muito, muito injusto não poderes passar mais tempo com a S.
(E vinha cá hoje para dar os parabéns... Espero que tenham um dia feliz, apesar de tudo. Beijinhos!)
Um grande abraço para ti. De mãe para mãe, de mulher para mulher.
A minha filha vai começar amanhã a creche, isso vai obrigar a que tenha de a acordar cedinho (hoje acorda quando bem lhe apetece porque fica em casa com as avós) e vai entrar em casa (se eu conseguir cumprir horários à risca) por volta das 7h. Só eu sei o que isto me anda a martirizar (sempre fui criticada por dizer que se fosse para ter filhos e deixá-los na creche das 7h às 7h, mais valia não os ter). Só eu sei as voltas que já dei para tentar arranjar outra solução.
A verdade é que gosto muito do que faço, tenho um ambiente de trabalho porreiro e não considero que seja mal paga (na era pré taxas de retenção malucas) por isso acabo por me sentir mal por me sentir assim tão mal (quando há pessoas em condições pior), entendes?
Mas é a minha filha caraças... eu é que tenho de estar com ela. Eu é que preciso de estar com ela. E ela precisa é de estar comigo.
É uma vida estúpida esta a que levamos.
Um beijo enorme para ti
Um abraço forte para ti, Triss :) que tudo se resolva pelo melhor.
Beijo grande! Terrível este modo de vida em que temos de pagar aos outros para que criem os nossos filhos por nós. Uma perversão.
Vais ver que vai aparecer uma solução.
Muita, muita força. Há-de haver uma solução.. Torço para que tudo se resolva pelo melhor.
beijinhos*
A vida é dura Triss, mas tu és ainda mais dura e vai conseguir arranjar uma solução.
beijinho querida
Obrigada por todas as vossas palavras, não imaginam o quanto me fizeram bem:-) beijinhos
Querida Triss,
Nem imagino o aperto no coração que deve ser este assunto. Eu também sempre alardeei aos quatro ventos que queria ser eu a criar os meus filhos, ai que não podem ser os outros, blá blá blá, e até agora tenho tido a tremenda sorte de poder ser assim (nem sempre o foi, no Spring semester de 2012 não via a minha filha de Segunda a Sábado).
Agora falta-me, todavia, o outro lado, e só uma parte de mim está repleta e realizada, faltando toda uma outra. A relva é sempre mais verde do outro lado, lembra-te, e tu terás a fortuna de ter a tua mãe por perto, que te ajuda (graças a Deus pela minha, não sei o que faria sem "mamãe").
Desejo-te muita sorte e paz de espírito. Alguma solução bem solucionada há-de aparecer.
Um sorriso!
(desculpa os comments de seguida, mas habitualmente leio-te no iPhone e não dá jeito comentar)
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