quinta-feira, 10 de abril de 2008

salvador da bahia

Foi só isto que vi. Vista do meu quarto.
Foi chegar à noite e zarpar de madrugada, até dói.

segunda-feira, 10 de março de 2008

santo domingo

República Dominicana

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

em casa

O tempo estava um pouco nublado, mas a manhã estava perfeita.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

quase a chegar

Depois da odisseia das Arábias e terras de África, estou em Amã na Jordânia. Amanhã temos ligação para Frankurt e finalmente Lisboa!!!!!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

nigéria

Tudo me acontece. A minha tripulação foi a que fez a última viagem Nigéria-Arábia Saudita.
E o que tinha para correr mal, correu. Esperámos horas pelo fuel que não chegou.
Resolvemos sair do avião, e esperar no aeroporto. Entretanto disseram-nos que o melhor era esperarmos num hotel ali ao pé, porque a coisa ía demorar.
Lá fomos para o hotel. Entretanto percebemos que íamos ali dormir. Niguém levava roupa. Fizémos esta viagem tantas vezes que íamos de trolley praticamente vazio. Eu levava um livro e a minha abaya, mais nada.
No dia seguinte o comandante disse para não entrarmos em pânico (ok, pânico) mas o nosso avião estava sequestrado no aeroporto, devido a uns pagamentos em atraso da nossa companhia. Tínhamos de esperar que Lisboa resolvesse a coisa.
Foram 3 dias. 3 dias vestida com a mesma roupa (a interior lavava à noite e de manhã já estava seca). Eu e toda a tripulação. Estávamos proibidos de sair do hotel, por isso nem pensar em comprar roupa. Na Nigéria a maioria das tripulações são escoltadas com homens armados no percurso aeroporto-hotel, tal é o nível de perigo que ali se vive.
Enfim, lemos, jogámos cartas, vimos soap operas africanas, j+gamos ao macaquinho do chinés, eu sei lá.
E finalmente fomos libertados...

domingo, 20 de janeiro de 2008

salah*

Aqui reza-se 5 vezes por dia. Cinco.
Sempre que se aproxima a hora da salah, começam-se a ouvir os microfones espalhados por toda a cidade a recitarem as orações. As lojas fecham, e toda a gente estende o seu tapete no chão virado para Meca, e reza.
Agora percebo o fundamentalismo islâmico. A religião está em todo o lado, a todos os momentos pensam em Alá e nos seus mandamentos, não têm tempo para pensarem noutras coisas. É uma sociedade fechada, não há jornais, revistas, cultura, cinema, etc. Não deve ser difícil escorregar para o fundamentalismo. Mesmo nada.
*oração

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

os passageiros

A organização aeroportuária do Hajj é revoltante.
É extremamente complicado entrar e sair do país. Á entrada entregamos os nossos passaportes e é-nos dado um visto de permanência de 72horas, válido so,mente para a cidade de Jeddah. como estamos sempre a entrar e sair, nunca excedemos esse visto.
Conforme a disposição dos agentes da imigração, podemos esperar 1h ou 8h, para entrar ou sair. Sempre. Mas isto só acontece com tripulações ocidentais. As outras tripulações que fazem o hajj, como as africanas por exemplo, entram e saem sem problemas.
Hoje em conversa com um françês, fiscal do aeroporto (veio fazer uma busca ao avião para ver se tínhamos alcool), fiquei a perceber como são tratados os passageiros. Não têm bilhetes com dia e hora marcada. Por vezes esperam 5 dias no aeroporto, ao relento, à espera de voltarem para casa. E são tão mal tratados pelos árabes. É impressionante.
Quando chegam ao nosso avião estão exaustos, depois de um mês de peregrinação, e mais uns dias de espera no aeroporto. Os homens entram primeiro e ficam sentados à frente, as mulheres entram depois e ficam sentadas atrás.
São pessoas muito simples. Não sabem colocar os cintos de segurança e muito menos usar a casa de banho. As mulheres puxam-me a mão, apontam para os genitais e dizem "piss". Eu levo-as e mostro a retrete, mas tenho de fazer a mímica de como se usa... Cheguei a apanhar um passageiro que queria aliviar-se em pleno corredor do avião.
Todos querem usar a água das torneiras para se lavarem, mas nós temos de fechar a água, senão é uma inundação na certa. Não usam papel higiénico porque é pecado tocarem-se. Também nunca viram um atoclismo, muitas vezes temos de ser nós a ir puxar. (não me pagam para isto caneco)
Também não podemos dar garrafas de água do catering. Só copos, servidos na altura, e bebidos à nossa frente. Parece estranho não é? Mas imaginem 300 pessoas a lavarem-se com garrafas de água num avião. Pois.
Talheres não usam, comem com as mãos. Já vi passageiros que nem comem, tiram o arroz e o a carne com a mão e metem dentro da mala. À solta. Eu digo que podem levar mas não me entendem. A pobreza é aflitiva, de cortar o coração.
Chamam-nos "sister", e são de uma simpatia enorme depois de passado o terror de voar.
Quando aterramos, as caras deles transformam-se. Sorriem, gritam e falam uns com os outros (durante todo o vôo vão caladinhos). Apertam-nos as mãos agradecidos por não termos caído no meio do oceano. E mesmo com a falta de higiene toda, o que se faz? Apertamos as mãos deles, (quase todos, e são 300) e sorrimos também. Não precisamos de falar a mesma língua para percebermos quando alguém nos agradece do fundo do coração.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

as mulheres

Aqui as mulheres não são nada.
Não votam, não conduzem, não trabalham, não estudam.
Passam a vida em casa ou nos centros comerciais a fazer compras. Vestem-se todas de negro, mas estão sempre maquilhadas (muito) e por baixo das abayas (vestidos pretos) vestem-se como se fossem para um casamento, com vestidos coloridos de lantejoulas e folhos se for preciso. Como é que eu sei? Porque vejo esses vestidos nas lojas, e por vezes se vê a bainha de um vestido a espreitar por debaixo da abaya. Nos restaurantes comem num sítio à parte, resguardado por biombos. Nos centros comerciais caminham atrás dos homens e olham para nós com desdém, como se fossemos alíenigenas. E de facto, ali, é o que somos.
No outro dia fui beber um café ao starbucks. Vi duas entradas, a Single e a Family. E o que pensou o meu cérebro de mulher ocidental? Vou entrar na single, que do outro lado é para famílias. Certo? Errado. Singles é para homens e Family é para as mulheres e suas crias.
Fui gentilmente escoltada para fora do starbucks.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

shopping em Jeddah

A minha primeira incursão no shopping em Jeddah foi no Ballad Market.
Parece a feira da Praça de Espanha, mas em vez de azul é branca.Vende-se de tudo, mas tudo mesmo. Aqui é tudo regateado, e quando pergunto o preço de alguma coisa dizem-me "Sister, i do good discount for you, go see things, later we talk."
Depois de escolher o que quero, coloco tudo em cima de um balcão e digo "Now you make me very good discount." (já percebi que se falar inglês como eles, percebem-me melhor)
Depois do regateio e de termos acordado um preço, o vendedor fica com um ar infeliz e diz "You exploit me sister, but i want a smile on your face. Where are you from?" E depois de dizer Portugal, invariavelmente lá vem o Cristiano Ronaldo, o Figo e o Nuno gomes.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

o Hajj

O Hajj é o ritual de peregrinação a Meca que todos os muçulmanos devem fazer pelo menos uma vez na vida. É a maior peregrinação do mundo. Milhares de crentes convergem para a cidade santa, onde têm que cumprir uma série de rituais:
- Dar sete voltas à volta da Kaaba, no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Devem apontar para a pedra no final de cada volta (antes, a pedra tinha de ser beijada no final de cada volta, mas a técnica de controle de multidões, e não Alá, determinou que apontar tem o mesmo efeito)
- Correr para a frente e para trás nos montes de Al-Safa e Al-Marwah.
- Beber água do poço zanzam (água sagrada)
- Fazer uma vigília no Monte arafat
- Apanhar pedras em Muzdalifa, que vão ser usadas no apedrejamento do diabo, em Mena, a 5 km de Meca.
- Por fim têm de rapar as cabeças e fazer um sacrifício animal.
Tudo isto dura 40 dias. E estes são os meus passageiros. Muçulmanos africanos que pouparam uma vida inteira para ir da Nigéria a Meca.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

domingo, 6 de janeiro de 2008

pequenos apontamentos

Amo o room service, espero não rebentar o meu ordenado nisto.
A gasolina aqui custa 8 cêntimos o litro. Eu repito: 8 cêntimos.

sábado, 5 de janeiro de 2008

minna, nigéria

Fotografias tiradas à socapa sem ninguém ver. O desembarque foi vigiado por uns tipos muito sinistros, e ainda por cima armados.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

hi5

Aqui é um site demoníaco, está bloqueado.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

nas arábias

Já cá estou na Arábia Saudita. Finalmente. Quando vi o meu quarto e a minha cama quase chorei de alegria. Darei novidades mas entretanto não durmo há 30 horas por isso, até já.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

ano novo

Passámos o ano novo a sobrevoar Milão. Os fogos de artifício visto do céu é fabuloso!