Assim que saímos do hotel somos imediatamente cercados por um vendedor de relógios, mais um vendedor de toalhas de praia e outro de cartões telefónicos. E crianças a pedirem. O cenário é desolador, ruas de terra, prédios inacabados, abandono.
Um homem insiste para que lhe compre uma pulseira. Eu experimento, mas está-me larga, agradeço e digo que não. Aflito, sem querer perder negócio (ou a possibilidade de jantar?), parte o fecho com as mãos, tira as contas de madeira que estavam a mais, e volta a fechar a pulseira, olhando para mim com um sorriso. Claro que lhe compro a pulseira. Nem regateio, dou-lhe uma fortuna, 3 euros.
Durante todo o passeio os africanos não nos largam, o comandante irrita-se e volta para o hotel a dizer que estava farto de melgas. Mas ao contrário dos árabes, a simpatia dos africanos é genuína. Perguntam de onde somos. De Portugal? Há um vendedor que tem um primo em Braga e pergunta-me se é uma cidade bonita. Nunca lá fui mas digo que sim.
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